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Bom apetite, antropófagos!

Salvador, Pindorama, ano 456 da deglutição do Bispo Sardinha.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A MARCHA DAS UTOPIAS (1953)

Entendendo como entendo o sentimento religioso universal a que chamo de sentimento órfico, o qual atinge e marca todos os povos civilizados como todos os agrupamentos primitivos, isso de nenhuma forma toca a minha eqüidistância de qualquer culto ou religião. (152)

O ócio fora também, em todas as religiões, tido como um dom supremo, particularmente pelo sacerdócio, detentor de ócio sagrado que distingue e enobrece os mediadores de Deus. (158)

Por toda a parte, o relógio mecânico inaugura a civilização da máquina que é a do trabalho e do tempo contado. (159)

As classes ociosas, dividindo o poder entre guerreiros e sacerdotes, tinham dominado a Idade Média. Uma pequena excursão filológica pelas variações do vocábulo “ócio” elucida o assunto. Assim, sacerdócio é ócio sagrado, como já dissemos. Negócio é negação do ócio. (160)

O século XIX não estava aparelhado para o estudo do problema de Deus. Nele, Marx, Nietzsche e Freud, forças gigantescas para a chave dos problemas históricos e humanos, eram bebês de mama. (172-173)

É que ninguém arranca do homem isso que eu chamo em alto sentido de “sentimento órfico” (...) O que persiste no fundo é o sentimento do sagrado que se oculta no homem, preso ao instinto da vida e ao medo da morte (...) sabe-se hoje o que o cristianismo deve aos mitos pagãos das ressureições primaveris, ao próprio orfismo grego e à contribuição de cultos estranhos a sua ortodoxia. (173)

Seria preciso que aparecesse no século XIX o gênio de Nietzsche, acolitado por Erwing rohde e Burckhardt para que se restaurasse a Grécia dionisíaca e a Grécia órfica. (175)

A Guerra Holandesa é, por si, a justificativa da independência de um povo. (178)

Na Guerra holandesa vencia, evidentemente, uma compreensão lúdica e amável da vida, em face dum conceito utilitário e comerciante (...) Era o ócio em face do negócio. O ócio vencia a áspera e longa conquista flamenga, baseada no primeiro lucro e na ascensão inicial da burguesia. O Deus bíblico, cioso, branco e exclusivista era batido, no seu culto, reformado pela severidade e pelo arbítrio, por uma massa órfica, híbrida e mulata a quem a roupeta jesuítica dera as procissões fetichistas, as litanias doces como o açúcar pernambucano e os milagres prometidos. (184)

Tratava-se apenas da primeira luta titânica, no mundo moderno, entre o ócio e o negócio. E o ócio venceu. (189)

O primitivo, que, pela sua teimosa vocação de felicidade, se opunha a uma terra dominada pela sisudez de teólogos e professores, só podia ser comparado ao louco ou à criança.

Dividiu-se então o mundo entre duas categorias de seres: a superior, que tinha como seu padrão “o adulto, branco e civilizado”, e a outra, que juntava no mesmo comboio humano “o primitivo, o louco e a criança”. Esse esquema fácil ultrapassou o século XIX que não atendeu aos rugidos proféticos de Marx, ao sol novo de Nietzsche e aos abismos siderais de Freud.(191)

30 comentários:

  1. A utopia é sempre algo muito claro nos textos de Oswald, essa busca de transformação social, revolução no pensamento...visa uma cultura na qual o homem sem as amarras dos poderes da familia, estado, classes...irá descobrir o ócio lúdico, criativo e que emana das artes.

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  2. Vejo brancos, adultos e civilizados julgando e apontando para os loucos, crianças e primitivos que se acham também civilizados e adultos, mas nao enxergando a necessidade de haver o termo ''branco'' na classificação, concluiu que o tal branco è muito louco, por classificar imaturamente como crianças, ou melhor, como primitivos uma forma de divisão entre seres.

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  3. quero virar padre.
    quero tambèm ser filho.

    o sacerdòcio è uma opiçào de vida para mim.

    de um deus que nào queira nada de mim, a nào ser que faça nada.

    no nada me encontro, encontro tudo o que preciso, pois tudo isso é nada, pra que tanto?

    o nada basta, nele tudo se resolve.

    Como buscar o sentido òrfico da vida se a vida que impoem é a sua negaçào?

    A negaçao de um ser que poderia ser muito mais se nào fosse nada.


    Gabriel Magnavita

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  4. Fábio Bonfim S. Santos Humanidades / Noturno UFBA5 de maio de 2011 às 19:59

    Neste texto a discussão sobre ócio e o negócio é, sem dúvida, mais um trabalho criativo de reflexão de caráter Sociológico, Antropológico, Teológico e Psicológico. Visto, no perpassar do corpo do trabalho, que não se trata de um juízo de valor sobre o dogma religioso, sobretudo; por que o conhecimento religioso é um tipo de saber, como o é o saber científico e o saber impírico. Pensando no contexto histórico temporal; nos chama atenção o conflito entre os dominantes e os dominados. Na medida em a qual um se sobrepõe ao outro esse conflito é configurado; ele tão pode ser no campo das ideias. Ao invocar seres "iluminados como: Nietzsche, Freud, Marx, contra opondo-se (não sei ao certo se mais implicitamente ou explicitamente) aos dogmas da Igreja; a julgar por suas obras". Este texto é provocador... Parabéns pela socialização do mesmo.

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  5. A MARCHA DAS UTOPIAS revela o alienador cenário histórico da época, marcado pelo ócio opressor, que rotulava como louco ou criança aquele que por anseios próprios se manifestasse contra o autoritarismo imposto pelas classes dominantes.

    Ana Rosa Rios

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  6. O texto A Tribo revela a identidade das comunidades assim denominadas. Ele a descreve como um grupo de pessoas fortalecido por suas raízes e caracterizado essencialmente pela relação íntima e harmônica com a natureza e pelo amor entre seu povo. A tribo, de fato, constitui uma comunidade no seu real sentido,tão fortalecida,que,embora frágil, consegue superar suas dificuldades através da união entre seus membros. O texto nos revela ainda a contradição existente entre a fraqueza da sociedade, que mesmo com todos os seus recursos se autodestrói pelo apego às coisas materiais, enquanto que a comunidade, mesmo desprovida de alguns meios, tem a capacidade de vencer os obstáculos, o que fica muito bem definido na seguinte frase: “A influência da estrutura é forte e nós somos fracos. Mas nessa batalha vence o frágil, porque o forte está rígido e podre, mas os frágeis são flexíveis e estão vivos”.

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  7. Lucas Araújo Moraes - turma 110 - noturno11 de maio de 2011 às 21:01

    A utopia do texto mostra a visão do ócio de quem cria estereótipo para diminuir quem não segue seus ideais, se tornando para eles opressores primitivos, loucos e crianças
    dessa maneira aprisionando o instinto da vida destruindo sua felicidade e sua teimosia.

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  8. ANTONIO MENDES- BI NOTURNO

    "Não era esta a independencia que eu sonhava,não era a república que eu esperava, não era o socialismoque eu desejava".
    Daiga pois a mim quando foi que aqueles que exerceram ou exercem o ócio não encontram-se na posição de dominante, seja homem ou animais de carga,sejam senhores ou escravos ,sejam a espada e sacerdócio ou servos,seja a clase A ou o assalariado.pois de fato não é o ócio que te faz nobre, se assim fosse ruas e viadutos estariam repletos da nobres,ao contário é o ser nobre que te traz o ócio.

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  9. O texto traz uma abordagem antagônica entre ócio e o negócio. O ócio sendo um apoderamento supremo e legitimado como tranquilizador e constituinte do ser humano. O termo negócio aparece por sua vez, aparece no século XX para romper o estado "orfico" do individuo, com as explicações filosoficas, sociológicas e antropológicas, sobre a natureza humana inaugurando assim uma nova versão de homem. O negócio passa a fazer parte da realidade concreta do mesmo, se realizando na escravidão do relógio. O tempo agora marca a civilização da maquina, e o homem se torna escravo do capitalismo. A sociedade se refaz atltamente globalizada tecnologica e cientificamente, a dinâmica é a do tempo marcada por horas e pela produção de capital.

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  10. Francini Ramos, Humanidades, Noturno13 de maio de 2011 às 11:51

    Padrão “o adulto, branco e civilizado”, e a outra, que juntava no mesmo comboio humano “o primitivo, o louco e a criança”.
    Padrões esses bem contraditórios, como chamar alguém que segue regras de civilizado? Ou quem não segue regras de primitivo? Séria um ser civilizado aquele que cria o autoritarismo ou obedece? Um ser primitivo é o que sonha?
    A utopia é uma via de mãos duplas, ao mesmo tempo que cria-se o sonho de um novo mundo, nos debatemos com uma ingenuidade de que esse novo mundo seria perfeito, ou até mesmo quando impomos um sonho único para o coletivo, cai-se no erro da opressão.
    A marcha das utopias, instiga pensarmos como seria viver do ócio? sem amarras? sem obrigações? O que seria o lúdico? É uma pena, que tais idéias sejam tão ingênuas.

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  11. O ócio e o negócio que disputam. Enfim, os que defendem o negócio também se apoiam no ócio, como ferramenta de manipulação Ao menos falam em democratização do negócio? A liberdade de pensamento não serve a todos. Muitos Zés Ninguém precisam pensar com a cabeça alheia, e se vêem impregnados, podres no ócio. Este ócio sagrado, que eleva os egos dos homens, que os eleva a competição com os dEUSES, que os separa dos animais. Infelizmente este esquema ultrapassou os últimos séculos e ultrapassará muitos.

    Pablo Paiva (BI HUM-NOT-UFBA)

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  12. Imanginemos na nossa conteporaneidade se não tivesse tido esses loucos do passado.Estariámos todos alienados.

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  13. Religião e ócio são companheiros freqüentes tendo como distinção ao sacerdócio que perante a Deus é enobrecido, sendo pelo vocabulário a palavra sacerdócio ócio sagrado. Neste contexto de religião vermos claramente que o sentimento sagrado faz parte do homem mas de forma agregada de valores entre a vida e a morte. Salientando que o cristianismo que é a adoração há um só deus surgiu através dos mitos pagãs.
    A discussão feita sobre o assunto por Nietzches e Ewing Pohde vem afirma o surgimento da Grécia Dionísia e a Grécia órfica.
    Diante as conquistas bélicas vermos claramente que o ócio se impõe através da ascensão da burguesia e com o Deus bíblico e branco. Sobrepondo-se aos não civilizados o padrão `` adulto, branco e civilizado.

    Ana Claudia S da Cruz Silva. B.I. Humanidades noturno

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  14. Lucas Araújo Moraes, Humanidades, noturno7 de junho de 2011 às 19:28

    O texto fala de um mundo que caminha pra o conservadorismo, um progresso econômico apenas para um grupo restrito de pessoas,
    marcado também pelo ócio despótico que acabava alienando e criava uma loucura nas pessoas que não aceitavam essa opressão do dominante,
    criando assim uma idéia que mascarava a realidade

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  15. "Só não se inventou uma máquina de fazer versos – já havia o poeta parnasiano"

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  16. Interessante observar que o ócio é mal visto para determinadas classes mesmo hoje em dia. A obrigação do trabalho e o valor moral que este tem faz parecer que todo trabalho é melhor que o ócio. Quando na verdade o ócio é importantíssimo para todo ser humano. Quem dera a sociedade fosse organizada de forma a permitir a todos um momento de ócio sem julgamento dos seus pares.
    Diogo Lula, B.I. Artes 2016.2

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  17. Gabriel da Rocha alonso5 de julho de 2017 às 21:31

    "Negócio é negação do ócio." Acho interessante essa passagem se observado no contexto atual da sociedade. Os tais mediadores de Deus que deveriam usufruir de seu ócio sagrado estão na verdade vendendo a palavra de Deus. Alguém ainda dúvida que igreja virou comércio? Basta observar a quantidade de igrejas nas ruas em que os dizimistas gritam por prosperidade. Mal sabem que estão se deixando cegar pela luz.


    Gabriel Alonso, B.I humanidades, noturno

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  18. Assim como Platão em "A república", a ideia de criar uma sociedade fantasiosa chega a Thomas Morus em seu livro "Utopia" inspirado pela descrição de Américo Vespúcio ao descrever as ilhas de Fernando de Noronha; Morus reinventou uma sociedade imaginária onde tudo era perfeito e não havia crimes ou trabalho. Associar essa questão as guerras holandesas, colonização da América e formas de trabalho escravo no Brasil (perpassando uma linha do tempo histórica carregada de fornicação e injustiças) é relembrar os antepassados de um povo ("índios") que alinhava o ócio a formas comunitárias de se viver. A negação do ócio "coloniza" o homem em sua esfera de trabalho.

    Camila de Paula - BI Artes Noturno

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  19. “Dividiu-se então o mundo entre duas categorias de seres: a superior, [...] ‘o adulto, branco e civilizado’, e a outra, [...] ‘o primitivo, o louco e a criança’.”
    A divisão categórica apresentada na conclusão do texto parece-me expressar com perfeição a ideia geral que os excertos selecionados pretendem exprimir: as distintas formas de se compreender a vida e o mundo, permeadas pela relação que se cultiva com
    o ócio e a ocupação.
    O “Civilizado” condena o “Primitivo”, que recusa-se a compreender à busca pela performance como valor pelo qual se guiar, resistindo à sanha da ganância em sua busca, não pelo desempenho, mas pela alegria.

    Marcel Milcent – B.I. de Artes, Noturno (2017.2)

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  20. Olá ✌️

    Infelizmente, na sociedade contemporânea, não vislumbro a dicotomia entre o ócio e o negócio como o embate principal, me parece, que o Negócio está vencendo e o ócio não é mais páreo, pelo menos não da forma como se dá.

    Esse trecho final, me chama atenção. É incrível como sempre, em todas as fases da humanidade, encontram uma desculpa epistemológica para justificar a dominação.

    Igor Cardoso Ribeiro

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  21. O texto deixa perfeitamente claro a grande utopia histórica do mundo em que se vive. A alienação do "ócio" que impõe como louco aquele que não o agrada, que não parece com ele próprio foi e continua sendo gigantesca, tanto que ele, o "ócio", já saiu vencedor de diversas guerras contra aqueles que ele simplesmente definia como "criança, louco" que são, estes ultimos, na verdade, os humanos com a real humanidade na alma e na história.

    Lívia Maria Sales Gomes - BI em Artes- Noturno.

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  22. O texto deixa perfeitamente claro a grande utopia histórica do mundo em que se vive. A alienação do "ócio" que impõe como louco aquele que não o agrada, que não parece com ele próprio foi e continua sendo gigantesca, tanto que ele, o "ócio", já saiu vencedor de diversas guerras contra aqueles que ele simplesmente definia como "criança, louco" que são, estes ultimos, na verdade, os humanos com a real humanidade na alma e na história.

    Lívia Maria Sales Gomes - BI em Artes- Noturno.

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  23. Traz uma abordagem do ócio e sua relação com os negócios e a religião, onde pode ser visto por dois quesitos na minha concepção, tanto o ócio no sentido de permanecer inerente as oposições, assim como o ócio de lutar por aquilo que está sendo imposto, e garantir os seus direitos. Questionando os impositores e os pertencentes da verdade absoluta tanto no campo capital quanto no religioso.

    Pode-se também trazer para os dias atuais justamente nesse contra-ponto em que tanto dizem que "tempo é dinheiro" no mundo dos negócios.

    Thairo Bulcão - B.I. de Artes Noturno Ação Artística II

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  24. O texto acima poderia ter sido escrito a 100, 50 anos ou nos dias atuais. Ainda temos brancos e também religiosos com o poder dando tons de enlouquecidos, não amadurecidos e primitivos aos demais. Os índios, quase que extintos por não saberem falar a língua dominadora e não adora o Deus dos invasores. Os loucos revolucionários sendo taxados de baderneiros, mal feitores e vândalos, os loucos de verdade não tem onde fica e vagam nas ruas. As crianças, ah as crianças...
    Elas devem ser o futuro, mas estão sendo arrebatadas pelo analfabetismo funcional, pelo pão e circo sem o pão, sendo deixados na ignorância para continuares não enbranquecendo e não se tornarem religiosos hábeis, capazes de subir de casta.

    Não vejo diferença cronológica no texto. Ele é contemporâneo, atemporal...


    Ionei Oliveira
    BI de artes, Noturno

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  25. O texto traz um pouco da realidade do cenário histórico naquele período. Quando as pessoas eram minimamente contrárias as classes dominantes da época, eram ditas como loucas para que suas falas não fossem levadas em consideração, assim seus ideias não eram bem vistos.

    Maria Clara Queiroz Menezes Silva - BI em Artes - Noturno - Ação Artistica II - 2017.2

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  26. O texto não esta distante da atualidade!
    A divergência social hoje também é muito grande.
    Hoje podemos ver o branco e o negro separados e não mesclados.
    E isso não é de agora, os portugueses chegaram ao Brasil e acharam os índios diferentes, e então utilizaram da força para tomar a terra e tornar os índios escravos.
    Desde la os negros tentam se reerguer e entrar no mundo do trabalho atual e se equiparar os brancos.
    Mas infelizmente isso não foi alcançado ainda.
    Podemos analisar também a quem pertence a verdade absoluta, no texto mostra as religião e o branco.
    Outros ponto do texto é a diferença entre o negocio e o ócio.
    O negocio esta longe de se juntar com o ócio.
    Vivemos para e somos sugados pelo trabalho, que nem sempre nos supra, nem emocionalmente nem financeiramente.
    Os donos de empresas visam mais lucros e em tempos de crise contratam trabalhadores com remuneração muito baixa e com situações ambientais precárias.
    Muitos dizem que hoje em dia não esta longe do que foi a escravidão!
    Onde somos "obrigados" a trabalhar ,para pagar contas, ter moradia, alimentação entre outros, em situações cada vez piores
    em questão do salario, ambiente de trabalho, transporte entre outros.

    - Gabriele Guimarães Ação Artistica II 2017.2

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  27. Eduardo B. Andrade (BI.ARTES NOTURNO- AÇÕES ARTÍSTICAS 1)17 de maio de 2018 às 20:17

    O ócio "como dom divino" ofertado à nós, os sem vocação para o sacerdócio,seria, de fato, a utopia. O negócio sobrepondo o ócio nesse modelo de vida que seguimos atualmente deixa explícito o quanto é utópico ser iluminado pelo dom divino do descanso.

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  28. A ressignificação da palavra ócio se encontra num contexto de perda da autonomia individual, o ócio como liberdade de agir passa a ser associado ao pecado da preguiça e demonizado. Essa perda de sentido atende aos interesse das instituições religiosas (sacerdócio) e da burguesia (negócio) afim de manter a sociedade dentro do que, a partir daí, foi tachado como certo. A ideia de utopia se dá quando seculos após enxergamos que esses conceitos mesmo se demonstrando infundáveis em diversos pontos, estão tão fixos no conciente da população alienada que a desconstrução dos mesmos parece ser impossível.

    Pedro Agra - BI de Artes Noturno

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  29. Existem diversos pontos interessantes a serem observados na relação homem-mundo, e um deles é a similaridade que existe entre as épocas. O ócio sendo visto como uma utopia que é destinada apenas a um grupo exclusivo de pessoas permanece viva e vemos o reflexo disso até os dias atuais. Os que se opunham a esse "padrão" eram inferiorizados e tidos como loucos, na contínua tentativa de esconder a realidade.

    Alícia de Oliveira Santos
    BI em Artes - Noturno

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  30. Existem certos pontos interessantes a serem observados na relação homem-mundo, e um deles é a similaridade entre as épocas. O ócio sendo visto como uma utopia que é destinada apenas a um exclusivo grupo de pessoas permanece viva e até hoje vemos o reflexo disso. Os que se opunham a esse "padrão" criado eram inferiorizados e tidos como louco, na contínua tentativa de esconder a realidade.

    BI em Artes - Noturno
    Alícia de Oliveira

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