“Esquecer não é uma simples vis inertiae[força inercial], como crêem os superficiais, mas uma força inibidora ativa, positiva no mais rigoroso sentido, graças à qual o que é por nós experimentado, vivenciado, em nós acolhido, não penetra mais em nossa consciência, no estado de digestão (ao qual poderíamos chamar “assimilação psíquica”), do que todo o multiforme processo da nossa nutrição corporal ou ‘assimilação física’”.
GENEALOGIA DA MORAL, págs.57-58.
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O "Esquecer", o qual Nietzsch antropofagicamente se refere , é a capacidade cógnitiva , seletiva que o cérebro humano de forma espetacular , trata dos varios níveis de memorização.Pois de maneira que , o que é informado a esse "Super Computador", ele recebe , analiza , interpreta ,registra e absorve . Dessa maneira não é necessáro ficar se lembrando , se ocupando de um assunto , pois o mesmo , já é parte dele mesmo . E possível pegar carona na crista da onda "Antropofágica" e surfar nas idéias , não só de Nietzsch , como também, de todos participantes do movimento , da semana de arte moderna de 22, e afirmar que somos o que somos , grças a essa "Antrpofagia "que tudo e todos os conhecimentos inerente as coisas e "causas e causos " dos seres de todas naturezas, nos foram passados de uma forma dialéticamente muito simples, mastigando , digerindo , absorvendo e transformando em nós mesmo . Somos o que comenmo.
ResponderExcluirAntonio Roberto Mercês . BIde Humanidades Noturno UFBA
Não reconheço o esquecimento como uma força inercial ou não, acredito que ninguém esquece algo experenciado, veja bem, até mesmo o que dizem ter esquecido como um momento ruim experimentado precisa ser lembrado para que você não lembre deste.
ResponderExcluirO esquecimento parece ser somente aquilo que a mente bloqueia, mas jamais esquece, não faz parte do que nós falamos, mas fará parte do que não diremos.Cicatrizes mudas.
Quais os genes da moral? Nietzsche constrói uma teoria ética baseada na mediocridade e hipocrisia da vida na sociedade, uma vez que as regras impostas, remetem à dualidades, pois os valores são bitolados. Vivemos sempre encobrindo com discursos pacíficos as realidades sociais.
ResponderExcluirÉ evidente que o homem se constroi a partir das lembranças, ou melhor, do passado, mas ao mesmo tempo ele possui mecanismos que anulam passagens de sua historia.
Tais forças inibidoras são naturais, o homem só é 'feliz', quando ele esta em equilíbrio com o corpo, sendo capaz de fechar as feridas e reconstruir com o novo seu futuro.
O que seria o esquecimento? seria ele sempre proposital ou inocente? Nietzsche disse que é uma força inibidora ativa, que faz com que coisas pelas quais vivenciamos e experimentamos fossem bloqueadas de entrar na nossa mente já de forma involuntária, e assim não pensamos nela, não a "digerimos", e se dá por esquecida.
ResponderExcluirO esquecimento de nossas reais experiências - o que de fato nos marca - se faz naturalmente na medida em que tais experiências afeta nossas perspectivas futuras. Seria um mecanismo natural de defesa.
ResponderExcluirWillian Mendes - BI-HUMANIDADES-NOTURNO
Concordo com o grande filósofo Nietzsche ao denominar o esquecimento como uma força inibidora ativa, também podendo ser interpretada como uma força modeladora. Através do esquecimento seletivo é possível haver a felicidade e o orgulho.
ResponderExcluir(...)
O filósofo considera o esquecimento não apenas como uma atividade, mas como uma atividade primordial, primeira: o esquecimento não viria apagar as marcas já produzidas pela memória, mas, antecedendo à sua própria inscrição, impediria, inibiria qualquer fixação.
(...)
Dessa forma, o esquecimento é tratado como um remédio para tudo quanto vive no coração, ou melhor, não há que se culpar de fatos aos quais foram esquecidos. Logo o seu caráter é positivo, já que permite o estabelecimento contínuo da vida social.
Esse esquecimento está inteiramente atrelado a uma moral nobre, pelo fato de não precisar de reconhecimento alheio, aquele que não consegue exercer o esquecimento é em decorrência da doença do ressentimento.
Vanessa Cerqueira de Souza
BI- Humanidade (Noturno)
Concordo com o grande filósofo Nietzsche ao denominar o esquecimento como uma força inibidora ativa, também podendo ser interpretada como uma força modeladora. Através do esquecimento seletivo é possível haver a felicidade e o orgulho.
ResponderExcluir(...)
O filósofo considera o esquecimento não apenas como uma atividade, mas como uma atividade primordial, primeira: o esquecimento não viria apagar as marcas já produzidas pela memória, mas, antecedendo à sua própria inscrição, impediria, inibiria qualquer fixação.
(...)
Dessa forma, o esquecimento é tratado como um remédio para tudo quanto vive no coração, ou melhor, não há que se culpar de fatos aos quais foram esquecidos. Logo o seu caráter é positivo, já que permite o estabelecimento contínuo da vida social.
Esse esquecimento está inteiramente atrelado a uma moral nobre, pelo fato de não precisar de reconhecimento alheio, aquele que não consegue exercer o esquecimento é em decorrência da doença do ressentimento.
Vanessa Cerqueira de Souza
BI- Humanidade (Noturno)
"... mas uma força inibidora ativa, positiva no mais rigoroso sentido, graças à qual o que é por nós experimentado, vivenciado..." a presente sitação me remete a uma reflexão de que antes do esquecimento nós digerimos o que absorvemos, independente de ser bom ou ruim. Mas só cairá no esquecimento, no meu caso, sendo alguma situação que tenha me machucado, mas não num esquecimento completo, pois feridas causadas não ficam adormecidas para sempre.
ResponderExcluirSe tratando de situações sociais, como o sofrimento das pessoas que passam fome e outras dificuldades por exemplo, tento não permitir que essas visões sejam absorvidas e caiam no completo esquecimento, para poder lembrar sempre de dar valor as coisas simples da vida.
Thais Helena L. de Oliveira - BI Humanidades Noturno (turma de sexta-feira)
Nietzsche Compara o esquecimento o o ato antropofágico de digerir ou não digerir aquilo que o ser humano vivencia continuamente
ResponderExcluirO ato de esquecer, de renegar aquilo que está na sua frente se aplica perfeitamente numa sociedade contemporânea onde o individualismo está Impregnado e absorvido tal como ato de antropofagia,
Incrível como uma citação feita por Nietzsche sobre o comportamento civilizado de sua época perpetua através dos tempos.
Mas somente atributos técnicos nos diferem da civilização presenciada por ele, a excência de covardia e exclusão de minorias é a mesma
Se para Nietzsche o esquecimento é a grande força inibidora pois a felicidade está atrelada à ação, seria o esquecimento o único remédio? ou o tratamento às ideias é que deve mudar?
ResponderExcluirO esquecer de Nietzsche se refere à liberdade às amarras do passado ao qual os homens estão presos, a viver o presente sem a idealização do que foi. O aprender a esquecer seria o caminho para felicidade e isso não significa apagar o que passou, mas apreender do passado, apropriar-se dele para a contrução de sua trajetória. Felicidade é poder estar fora, não apegar-se a nada, é viver intensamente, é saber o que lembrar e o que esquecer. É como se o povo brasileiro esquecesse a submissão de país colonizado e lembrasse dos fatos diante da urna eletrônica, por exemplo.
Priscila N. França
Humanidades, noturno
Estou fazendo um artigo sobre a sexualidade em Marco Zero, vou falar sobre Quindim, Pichorra e Xodó e vim parar nesse delicioso blog! Que tesão!
ResponderExcluirAbs!
Esquecimento não é inercial pois o tempo por si já é algo a ser vencido. Esquecimento inexiste, pois tudo fica guardado na memória inconsciente. Esquecimento (do consciente) é a resposta inconsciente à vida, pois saber e lembrar de tudo nos levaria à loucura. Em resumo, o esquecimento de fatores selecionados pelo cérebro é o que nos deixa sãos e salvos de nós mesmos.
ResponderExcluirAcredito que o que Nietzsche se refere ao esquecimento está relacionado à capacidade que nós temos, ou melhor, nosso cérebro tem de "selecionar memórias" nas quais serão ingeridas pelo consciente, selecionando arbitrariamente o que beneficiará o indivíduo, potencializando sua vitalidade.
ResponderExcluirGysselle F. Lima - B.I Artes, noturno.
O esquecer de Nietzsche permeia a arte fundamental do "desaprendizado" que extremamente importante no desenvolver humano e se faz muito mais transformador do que o próprio aprendizado. A antropofagia nesse caso ocorre de uma maneira reversa (como um vômito) porém nutritiva simultaneamente. É um esvaziamento de um cálice para a fim de que este venha a transbordar. Na arte o esquecer compreende-se pela superação de paradigmas engessados, e se manifesta a partir das grandes inovações.
ResponderExcluirIgor Tosta - Bi de artes noturno.